domingo, 19 de dezembro de 2010

Apontamentos da cidade levam ao urbano

  Escrito no primeiro semestre 2009, e apresentado para disciplina da Cidade ao Urbano PPG Geografia UFRGS.

Quando falamos em cidade podemos recordar as inúmeras abordagens transcorridas ao longo da história para se compreender o fenômeno do surgimento dessa forma espacial. São inúmeros os questionamentos que conduziram autores das ciências humanas para produzir escritos que ajudassem a compreender esse “agrupamento humano”.

Aqui trabalharemos reflexões a respeito de um caminho que aponte idéias que levam um olhar focado na cidade para algo mais complexo, que é o pensamento sobre o fenômeno urbano. Pretendemos, mais do que apontar detalhes de opiniões expressas por autores sobre o contexto que envolve a cidade e o urbano, evidenciar que na trajetória percorrida pela Geografia urbana encontramos saltos qualitativos a cada abordagem desenvolvida em tempos diferentes.
Estas reflexões são fruto de toda uma trajetória acadêmica que culmina com as discussões realizadas nos diversos encontros da disciplina ofertada na Pós-graduação em Geografia da UFRGS, ministrada pelo professor Oscar Sobarzo Miño. Observamos que este texto não tem ambição imediata de apresentar uma conclusão específica sobre a cidade e o urbano, mas sim, como já dito anteriormente “apontar” nas reflexões um caminho que leve observação da cidade ao urbano.
Optamos por realizar apontamentos da cidade de Porto Alegre, a capital gaúcha, que permitirá conduzir as reflexões as quais nos propomos. Na verdade faz parte de um exercício que buscou fazer um caminho inverso, invés de escrever observações da evolução do pensamento escrito sobre a cidade, realizamos nós escritos sobre a cidade de Porto Alegre numa perspectiva descritiva. Partindo das ideias abstraídas desse exercício daí sim caminharemos para um olhar mais elaborado, da cidade buscaremos reflexões que conduzam ao urbano. Através deste exercício apontaremos contradições da condição urbana da cidade de Porto Alegre, buscando mostrar que a análise feita na escala apenas da cidade ou tão somente descritiva dos movimentos que dão “vida” a cidade não garantem a clareza do processo histórico construtor dessa realidade produtora de desigualdades e espoliação urbana1
Apontamentos da cidade
Para um observador atento há grandes chances de ficar surpreso com a dimensão de uma cidade como Porto Alegre, inda mais para alguém que não pertence a cidade, ou seja, citadino de outro lugar. Trata-se de uma capital de um Estado.

Fotografia centro de Porto Alegre, vista Mercado público.

O emaranhado de pessoas que circulam no centro dessa cidade é algo que expressa um cotidiano ao máximo dinamizado. Durante uma rápida observada nas ruas do centro em dia da semana percebemos milhares de pessoas a caminho de suas atividades, vão ao trabalho, as compras, aos bancos ou até mesmo trabalham nesse vai e vem dinâmico do centro da cidade. O curioso é observar a paisagem que esses fluxos imprimem no espaço, há um misto de concentração e desconcentração de pessoas conforme o ângulo a ser visto.
Um dos motivos da concentração se dá normalmente em função de atividades artísticas e culturais que convivem com o dinamismo do centro da cidade. Outro motivo é o comércio por meio de lojas estabelecidas em prédios, edifícios ou até mesmo em secções das ruas. Em contraste à concentração percebemos a desconcentração, ou seja, é mais importante na configuração da paisagem os fenômenos que dão vida aos pontos do espaço que surgem as aglomerações/concentrações de pessoas.
Por mais que reconheçamos na paisagem essas concentrações/aglomerações percebemos certa “harmonia” no funcionamento da cidade. Existem regras que coordenam o transito de veículos, sejam eles carros, ônibus, motocicletas ou caminhões. Existe certo ordenamento dos fluxos. Se conseguirmos nos livrar por alguns instantes da obviedade que faz encarar o dia a dia através de rotineiras ações que fogem dos questionamentos, podemos ficar surpresos com o fato de a cidade comportar mais um milhão de pessoas! Como isso se torna viável?
Com uma vista aérea da cidade percebe-se melhor a dimensão desse aglomerado humano, no entanto, de forma a ver a cidade como um todo. O ordenamento das principais ruas indica a grande capacidade que a humanidade tem em conseguir organizar a condução do cotidiano na cidade. É perfeitamente possível destacar quais são as principais vias que articulam os movimentos de pessoas e mercadorias no interior da cidade, até parecem verdadeiras “veias”, os “vasos sanguíneos” que permitem a vida da cidade em seu dinamismo. Comprovamos este fato quando observamos aos domingos, dias em que há menor dinamismo da cidade, que os fluxos reduzem sensivelmente, dando um ar de “adormecimento”. A cidade parece seguir um compasso ditado pela condição humana da sociedade, quando maioria da população dorme a cidade também “adormece” quando grande parte da população aos domingos não trabalha, a cidade trabalha menos. Esse olhar da cidade por cima, nos permite sim, reconhecer a ligação direta existente do Ser humano com a cidade, ambos pulsam no mesmo compasso.


Vista conjunto de viadutos próximo a rodoviária de Porto Alegre.

Podemos nestes apontamentos estabelecer dois recortes para descrever a cidade que observamos. Um que procura admitir um recurso cultural de diferentes grupos sociais que conduzem suas vidas de acordo com seus valores na cidade. Outro recorte pode ser a generalização, através de um olhar que comporte ao mesmo tempo todos os grupos culturais em uma mesma quadra de análise, trata-se de observar os aspectos mais universais do comportamento humano que atuam na competição econômica e na seleção natural que estabelecem o desenvolvimento da cidade através do dinamismo desta competição.

Acreditamos através de nossas observações, que os dois recortes citados acima são passíveis de considerar a cidade, pois ambos se complementam.

Quando, ao olhar as imagens acima reconhecemos uma dinâmica organizada pela busca de condições de cada pessoa para seu sustento, podemos admitir que há uma competição. Fato que ajuda a concluir desta maneira é a necessidade que cada um tem de se locomover com rapidez, com objetividade. As pessoas se movem para dar conta de conquistar seus bens e serviços necessários para sua mantença enquanto ser humano que tem necessidades vitais.

 O desenvolvimento da cidade conduziu as pessoas para esse dinamismo que busca a sobrevivência de forma cada vez mais rápida. Destacamos na paisagem da cidade os diversos telefones públicos que indicam essa evolução, uma evolução de pouco tempo se compararmos a história da civilização. Até a energia elétrica podemos reconhecer como decorrência de desenvolvimento da cidade, basta recorrer à situação da cidade no início do século passado, certamente verá as diferenças. Outro fato é visível no transito, que cresceu de forma muito espantosa, pois condiciona uma mudança incrível da paisagem da cidade. Podemos encarar todo esse desenvolvimento como uma evolução mediada pelas condutas de competição entre os grupos e indivíduos da sociedade. Esse recorte dá conta de abstrair a cidade como forma espacial resultante da natureza social do humano, evidenciando que o comportamento das pessoas conduziu a expansão da cidade em função da competição econômica ao longo dos anos.
Como complemento deste recorte específico de observar a cidade (apresentado acima), nós encontraremos em escala específica de grupos, outro recorte. A competição pela vida na cidade, vista de forma generalizada, nos dá uma noção do ambiente de rivalidades. No entanto, no conjunto social podemos converter essa visão para uma questão de cooperação competitiva. Vejamos, por mais que haja competição na cidade de Porto Alegre, por exemplo, entre os vendedores ambulantes há uma certa “trama de vida” que conduz a competição individual a uma “harmonia” expressa na acomodação das rivalidades pela “cooperação” entre os vendedores. Ora, todos precisam ganhar a possibilidade de adquirir condições de bem viver, eles competem nas vendas é verdade, mas há uma cooperação no que diz respeito a permanência do comércio ambulante. Neste caso evidenciamos emergência de outro recorte de análise. Trata-se de uma escala ligada aos grupos específicos.
Rapidamente apontamos o exemplo do comportamento de vendedores ambulantes que no centro da cidade se rivalizam para atingir mais vendas, trata-se de um caminho investigativo que venha a buscar entender a construção da cultura específica deste grupo em função do “aspecto cooperativo” presente na lógica de exercício da vida.
Concluindo esta parte dos apontamentos queremos dizer que o exercício da vida de diferentes grupos na cidade, sejam eles, categorias diferentes de trabalhadores, residentes de bairros específicos, moradores de vilas ou favelas e grupos étnicos, dentre outros, são “comunidades” específicas, mas que seu arranjo espacial é passível de exercício abstrato que deduza modelos de desenvolvimento da cidade, quando analisados tais comunidades no contexto funcional harmônico.
Vendedor ambulante no centro de Porto Alegre.

Um balanço necessário
Até aqui fizemos vários apontamentos buscando descrever e desenvolver alguma lógica para a cidade que causa espanto para quem atentamente pára para observa - lá através seu dinamismo cotidiano. Notemos que os escritos acima estão longe de caracterizar um texto acadêmico com rigor científico, mas é muito ilustrativo para pensarmos a cidade enquanto expressão da organização humana e mais do que isso, auxiliar na compreensão dos trabalhos produzidos na primeira metade do século passado.
Uma reflexão que tenho decorrente das leituras, dos trabalhos que chamamos oriundos da Ecologia Humana e também da Geografia Tradicional, é que realmente compreende-se o envolvimento curioso e atento dos pesquisadores na questão da cidade. Se hoje, ainda é possível deslumbrar-se com a dimensão das cidades, do dinamismo, da “evolução” em pouco mais de um século, fico pensando como não seria para um pesquisador inserido no contexto onde a mudança de um mundo rural começa a se encaminhar para um mundo mais citadino.
Os pesquisadores da Escola de Chicago foram pioneiros nos questionamentos sobre a cidade no ocidente. Buscaram entender o que estava ocorrendo em Chicago no pleno processo de crescimento da cidade, no início do século passado. Essa expansão ocorria com problemas de conflitos entre diferentes grupos que migravam para a cidade, havia todo um contexto promissor para as reflexões da academia. Robert E. Park foi importante pesquisador em Chicago e influenciou com suas pesquisas empíricas, muitos trabalhos. Usou metáfora da ecologia para escrever sobre a competição pelo espaço, influenciado pelo Darwinismo. Um aspecto típico das pesquisas era “confecção de mapas, onde se situavam os diferentes tipos de população, grupos étnicos, raças, espécies de atividades: em que lugar da cidade, por exemplo, se concentravam as atividades criminosas?” (BECKER, Howard. 1990)
Existe certa historiografia do pensamento da cidade e a Geografia. Concordamos que os estudos em sociologia da Escola de Chicago tenham influenciado as pesquisas em Geografia. Reconhecemos também que no caso dos estudos no Brasil a abordagem empirista resultante das influencias da Ecologia Humana permitiram que cada vez mais se problematizassem reflexões das cidades, num continuum dialético de renovação dos pontos de vista dos pesquisadores. Mas não podemos esquecer-nos do processo histórico produzido em escala global.
Os estudos conduzidos pelo EUA, através da famosa Escola de Chicago ganharam força para repercutir em todo hemisfério ocidental pela pertinência contextual estabelecida pela sobreposição de um país que objetivava ser potencia mundial. Fato que pode ilustrar essa situação é a influencia do milionário americano da industria do petróleo que fundou a Standard Oil, o famoso Rockfeller, John D. Ele fez uma enorme doação para a Universidade de Chicago. (BECKER, Howard. 1990)
No livro “A Produção social do espaço urbano” de Mark Gottdiener apresenta um balanço das principais teorias que pensam o espaço urbano nos capítulos 2 e 3. Ele faz um detalhamento historiográfico e dos personagens que desenvolveram influencias no estudo da cidade. Quero aqui concordar, com este autor na crítica que expõe a respeito das formulações abstratas, usadas para entender a organização social pela Ecologia urbana. Tais formulações desconsideravam todo o conflito em torno da distribuição injusta da riqueza social.
Contudo, nos apontamentos sobre a cidade de Porto Alegre, num exercício1 de reflexão descritiva buscamos explorar as possibilidades discursivas de abordagem semelhante a Ecologia Urbana. Através deste exercício conseguimos construir um ensaio de análise que caminha para uma coerência nos fatos expostos. A descrição revelou situações da cidade no início do século XXI, poderíamos continuar a descrição num esforço quase que antropológico. Fico inclinado a reconhecer utilidade dessa abordagem no contexto da cidade, pois a cada situação observada há uma descrição cabível no uso de metáforas da Ecologia. Basta o leitor aqui recordar os inúmeros termos utilizados entre aspas na parte do texto intitulada Apontamentos da cidade.
Agora queremos destacar situações contraditórias que exigem um nível de análise que ultrapasse a “descrição qualificada” da cidade. O pensamento construído de forma isolada da paisagem da cidade condiciona alguns reducionismos, que dão ao processo histórico aparente ausência de influencia no que observamos, por exemplo, em Porto Alegre. A cidade encontra-se enquanto materialidade observável. O entendimento do processo histórico que desencadeou o surgimento, expansão e nível de complexidade das cidades contemporâneas faz parte da dimensão de uma sociedade que cada vez mais se consolida, através do que chamamos de urbanização.

Da cidade ao urbano: apontamentos
São vários os estudos realizados pela Geografia que consideram a cidade inserida num contexto de urbanização, num processo histórico. Destacamos também os vários estudos que se preocuparam em entender os padrões seguidos nas cidades em suas formas espaciais. São inúmeros trabalhos que buscam entender a inter-relação das cidades através das redes e hierarquias urbanas, outras conhecidos textos são os que realizavam por “Monografias Urbanas”. Nos transcorrer destes estudos saltos qualitativos seguiram sucessivas mudanças na forma da ciência geográfica entender a cidade, o que cultiva a idéia de que as várias abordagens para a cidade e o urbano, no desenvolvimento dialético permitiu fortes contribuições, o que tolera não desconsiderar as diferentes abordagens teórico-metodológicas da Geografia Urbana.
É interessantíssimo destacar que é pelo desenvolvimento das reflexões sobre a cidade que chegamos ao Urbano. No transcorrer do percurso das reflexões coletivas da ciência, foram momento a momento percebendo que, explicar a cidade por ela mesma não daria conta das crescentes dúvidas que surgiam das contradições descobertas em cada trabalho. A cada impasse organizativo da cidade, a cada conflito entre grupos, a cada problemática ambiental que continuamente se ampliava (e amplia) os fatos exigiam novos olhares e novas reflexões.
Devo aqui apontar mais uma vez pelo que já foi dito, a respeito da necessidade de buscar entender a cidade inserida num processo histórico social de totalidade2. É curioso o fato da influencia marxista ter chegado ao Brasil apenas em meados dos anos 70 na Geografia urbana, assim como, curioso a influencia no ocidente ser tardia. Em uma primeira aproximação, deste fato, exploro a ideia de que a abordagem cientifica (ocidental) primeiro tentou negar a contradição básica, de que, a produção dos bens necessários a manutenção da vida são coletivos mas a apropriação tem sido privada. Não dando conta de explicar os problemas urbanos (e das cidades) em função das contradições a geografia foi se renovando3 até considerar os problemas da cidade como problema intrínseco ao processo urbano.
A cidade de Porto Alegre convive com engarrafamentos, fato presente nas regiões metropolitanas de todo país e mundo; o comércio informal insere-se como alternativa de de centenas de milhares de famílias que não tem na “formalidade” da cidade legal um espaço para bem viver, estruturando-se os “circuitos inferiores” da economia urbana, conforme contribuição de Milton Santos; o desenvolvimento da cidade é desigual e desumano para muitas famílias que se quer tem condições dignas de alimentação, moradia e saúde; a criminalidade é um ponto chave para qualquer descrição da cidade, basta fazer a pergunta na região central de Porto Alegre para qualquer cidadão: “aqui é seguro?” certamente as observações feitas dirão que nenhum lugar se está seguro na cidade.
Tais apontamentos da cidade Porto Alegre não se explicam na “cidade”, mas sim no fato urbano da sociedade. Ao menos que queiramos descrever de forma ingênua assim como feito na primeira parte destes escritos. Para entender de forma a desvendar a essência do processo de urbanização faz-se necessário reconhecer a contribuição iniciada por Karl Marx e Engels sobre a cidade e o Capital. Reconhecer que historicamente se estabelece relações de conflito entre a divisão do trabalho e a produção reprodução da cidade em meio ao processo de urbanização da sociedade, nestas palavras encontramos reflexões de Henri Lefebvre.

Apontamos assim observações da Cidade ao Urbano.


Mauricio Scherer
Mestrando Geografia

Bibliografia:
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1 Trata-se realmente de exercício de busca reflexiva não tendo maiores efeitos exploratórios da cidade no que diz respeito a produção cientifica que busque objetivos específicos.
2 Noção de totalidade é certamente uma contribuição do prof. Milton Santos.
3 Claro que ainda existem possibilidades de contribuição para pensar a cidade atual as diferentes abordagens.
 
1 Sobre as condições de vida nas cidades, há importante estudo de Lúcio Kowarick, no Livro a Espoliação urbana.

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